domingo, 5 de junho de 2011

AVALIAÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA 8º ANO

ESCOLA MUNICIPAL DOM ORIONE MORADA NOVA DE MINAS – MG

AVALIAÇÃO BIMESTRAL DE LÍNGUA PORTUGUESA - 1º BIMESTRE – 8º ANO

Professor: Edicarlos Fernandes de Melo – Valor: 10,00 pontos.

Data: _____/_____/_______________ Nota: _______________

Aluno (a): ___________________________________________________

João e a Matemática

João saiu furioso da escola. Mais uma negativa na matemática! Ia ficar de castigo e, ainda por cima, lhe cortavam a brincadeiras.

- Para que serve a matemática? – Interrogava-se ele. – Os cães, os gatos, os elefantes vivem sem fazer contas. Antes de inventarem a escolaridade obrigatória a humanidade era feliz sem essa tortura. Pior que a matemática, só as injeções da Tia Engrácia.

Deu um pontapé numa pedra e logo, por azar!!!! A maldita foi acertar no vidro da drogaria. Plim…plim…plim desfez-se em cacos.

João largou a correr, atrás dele o droguista, atrás os colegas a rir, numa chacota.

- Que pontaria!

Não acertas nas contas, mas acertas nas montras.

- Vais ser convidado para a seleção de futebol. Este foi o melhor goleador do campeonato.

Fingindo não os ouvir, o rapaz esgueirou-se, saltou para um lotação, sem saber o destino que levava.

Aos balanços, sacudindo para ali e além, via passar casas e ruas desconhecidas. Perdido por cem, perdido por mil. Havia de ir até ao fim da carreira. Voltar para casa para quê? Para apanhar um surra?

Era quase noite quando o lotação finalmente parou junto a um lago triste. Apeou-se. Não sabia onde estava. Foi vagueando ao acaso, por entre prédios arruinados, até um jardim onde meia dúzia de árvores erguia os ramos para o céu, como fantasmas reformados. Doía-lhe a cabeça e tinha a barriga a dar horas. Sentou-se num banco em frente estava uma pasta de crocodilo.

Sempre fora curioso. Deu dois passos, carregou o fecho dourado e que viu ele? Milhares e milhares de notas de 50 Euros. Procurou um nome, uma morada. Absolutamente nada.

Olhou mais uma vez em volta. Ninguém. Então atirou fora os cadernos e livros e atulhou a mochila com aquela inesperada fortuna.

A cabeça quase lhe andava à roda de fome e entusiasmo. Podia comprar uma quinta, um carro, um cavalo, tudo o que desejasse. Só não podia livrar-se da matemática.

Até aos catorze anos era forçado a ir para a escola.

E ainda dizem que há liberdade!

(Luísa Ducla Soares, O Rapaz e o Robô, Terramar)

João largou a correr, atrás dele o droguista, atrás os colegas a rir; numa chacota.

1 - Transcreve do texto as frases que mostram como é que os colegas comentaram o seu “pontapé certeiro”.

2 - O que fez o nosso herói para solucionar o problema e fugir daqueles que o perseguiam? Concorda com a atitude dele? Justifica a tua resposta.

Deu dois passos, carregou no fecho dourado e que viu ele?

3 - Descreve as emoções e os sentimentos que pensas que João sentiu nesse momento.

4 - O que é que o João fez após ter descoberto o tesouro dentro da pasta de crocodilo?

A Casa da Moeda do Brasil

Se o governo brasileiro precisa emitir dinheiro, você sabe quem se encarregará de produzi-lo? A Casa da Moeda do Brasil. Além de cédulas e moedas, ela confecciona selos e medalhas. A Casa da Moeda foi fundada em Salvador, em 1694, por ordem do governo português, para cunhar moedas com o ouro extraído da mineração. Inicialmente, foram cunhadas somente moedas de ouro e prata, mas depois se passou a produzir moedas de cobre para pequenos valores. [...] Ela compreende quatro repartições: o Departamento de células, o de Moedas e Medalhas, a Gráfica Geral e o Departamento de Engenharia de Produtos e o desenvolvimento de Matrizes, que é o responsável pela concepção técnica e artística dos artigos elaborados pela instituição.

O Estado de S. Paulo. 20 fev. 2007. Estadinho. (Fragmento).

5 - O terceiro parágrafo do texto é iniciado pela palavra “Ela...”. Esta palavra substitui o seguinte termo

(A) A Casa da Moeda.

(B) da mineração.

(C) a Gráfica Geral.

(D) concepção técnica e artística.

6 - A fala do personagem e a cena envolvendo o atleta e seu técnico reforçam, de forma humorística,

(A) a dedicação do atleta aos esportes de inverno.

(B) as dificuldades na prática de esporte de caráter elitista.

(C) a crítica aos problemas ambientais da sociedade.

(D) as necessidades características das competições esportivas.

A Mulher no Brasil

A história da mulher no Brasil, tal como a das mulheres em vários outros países, ainda está por ser escrita. Os estudiosos têm dado muito pouca atenção à mulher nas diversas regiões do mundo, o que inclui a América Latina. Os estudos disponíveis sobre a mulher brasileira são quase todos meros registros de impressões, mais do que de fatos, autos-de-fé quanto à natureza das mulheres ou rápidas biografias de brasileiras notáveis, mais reveladoras sobre os preconceitos e a orientação dos autores do que sobre as mulheres propriamente ditas. As mudanças ocorridas no século XX reforçam a necessidade de uma perspectiva e de uma compreensão históricas do papel, da condição e das atividades da mulher no Brasil.

7 - Considerando o fragmento lido, podemos afirmar que.

(A) quanto à existência de um estudo histórico sobre seu papel na sociedade, a mulher brasileira assemelha-se à de várias partes do mundo.

(B) excetuando-se as rápidas biografias de brasileiras notáveis, as demais obras sobre a mulher no Brasil estão impregnadas de informações sobre o seu valor na sociedade.

(C) as modificações de nosso século reforçam a necessidade de que se escreva uma verdadeira história da mulher no Brasil.

(D) os estudos disponíveis sobre a mulher brasileira são registros baseados em fatos inquestionáveis numa perspectiva histórica.

8 - A campanha publicitária cultural tem como objetivo

(A) estimular as pessoas a discutir sobre o racismo.

(B) divulgar os 120 anos de abolição da escravatura.

(C) incentivar a troca de cartas sobre as grandes questões sociais.

(D) celebrar o rompimento das barreiras culturais.

9 - A oração sem sujeito caracteriza-se por:

A) O sujeito está indeterminado.
B) Não se atribui o fato a nenhum ser.
C) O sujeito está simplesmente oculto.
D) O fato é atribuído a um ser determinado.

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10 - "Será muito cedo?" "Como está calor!" Quais são os sujeitos destas orações?

A) Orações sem sujeito.
B) cedo / calor.
C) muito / como.
D) nenhuma das anteriores.
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11 - Defina o tipo de sujeito desta oração: "Faz dez anos que cheguei aqui."

A) Sujeito oculto.
B) Sujeito simples.
C) Sujeito indeterminado.
D) Oração sem sujeito.

12 - "Aqui não me cheira bem". Neste exemplo temos uma oração sem sujeito, pois:

A) Não há sujeito simples.
B) Não há um sujeito possível, agente da ação.
C) Não há um sujeito composto.
D) Nenhuma das anteriores.
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13 - "Nunca ninguém acariciou uma cabeça de galinha." Qual é o sujeito e o tipo de sujeito desta oração?

A) Nunca ninguém / composto.
B) Ninguém / simples.
C) Ninguém /indeterminado.
D) Nunca / simples.

Foi Remédio Santo

Para que a catástrofe fosse total, o tal pontapé em cheio foi reforçado por uma presença detestável, ali mesmo, na “minha” parada da lotação, com cara de iogurte com pedaços, uma cara cheia de altos e baixos, borbulhas que lembram a paisagem rugosa e pedregosa, árida e fria, da superfície de Marte. Gigantescas crateras com 24 metros de diâmetro, resultantes do impacto de um meteorito, há 23 milhões de anos, montanhas de acne com 48 metros de altura, o ar mais imbecil da via Láctea, o rapaz mais parvalhão, aborrecido, incómodo e feio da escola: o Falinhas Mansas. Estava lá, mas não deveria – ele usar habitualmente a parada da lotação do bairro dele que, felizmente, fica a mais de dez minutos de distância, e usa por mero bom senso, já que passa à porta da casa dele e pára à porta da escola. Deve ter acordado antes do mundo nascer para estar ali àquela hora – e, mal me viu, saiu de transe ou acordou, sacudiu as borbulhas, arrastou o esqueleto, avançou dois passinhos, pôs­me a mão no ombro, repelente, só não parecia uma cobra porque as cobras não têm mãos. Notei que ao falar deixava sair pela boca um cheiro esquisito, flocos de aveia australianos, leite gordo holandês, talvez uma fatia de pão com manteiga açoriana e pasta de dentes com hortelã serrana, à mistura com uma coisa qualquer, pastilha elástica ou isso, americana ou dessas que não têm marca nem origem, mas eu acho que são feitas numa terra chamada Formosa, ou na China, por operários que trabalham a troco de pouco salário e muito sofrimento, que usam os restos das bolas de basquete e das solas dos tênis de boa marca, que também fazem. Dei dois passos atrás, com pavor, e ele deu três passos à frente, com descaramento e determinação e eu gritei: “este rapaz quer passar à frente. Está a furar a fila!” Foi remédio santo, logo uma senhora gorda começou a protestar, um homem magro deu lhe um abanão, uma mulher carregada com malas e sacos pregou um tabefe ao Falinhas Mansas, que, com falinhas mansas, explicou se: se desfazendo em sorrisos e saltitando ora num ora noutro pé, como se estivesse aflito para ir à casa de banho ou atrás da árvore mais próxima, sanitário público de muitos rapazes como ele:

–– Sou colega dela, estudamos na mesma escola, quero apenas (…).

Uma Argola no Umbigo, Alexandre Honrado, Ed. AMBAR

14 - Por que motivo foi usada a expressão “cara de iogurte com pedaços”?

15 - Explica o sentido da expressão “o ar mais imbecil da via Láctea”.

16 - Indica o nome que o adjetivo “repelente” está qualificando.

17 - Retira do texto a expressão que comprova que a ação se desenrola de manhã.

18 - Retira do texto um exemplo de narração e um exemplo de diálogo.

Café faz bem

A cafeína é um composto químico de fórmula C8H10N4O2, encontrado em certas plantas e usado para o consumo em bebidas, na forma de infusão, como estimulante. Uma xícara média de café contém, em média, cem miligramas de cafeína. Sua rápida ação estimulante faz dela poderoso antídoto à depressão respiratória, em consequência de intoxicação por drogas como morfina e barbitúricos.

www.google.com.br/anounce.cafeina acessado em 29/06/2008

19 - No desenvolvimento desse texto, em relação ao café, o autor:

A) define a sua substância química.

B) indica as formas variadas de tomá-lo.

C) mostra os males decorrentes de seu uso.

D) sugere a diminuição de seu consumo.

20 -

O caipira estava passando na porta da casa de um amigo, quando o avistou lá dentro, vendo tevê.

– E aí, Raimundo! Firme?

– Não, cumpadi. Por enquanto tá na novela.

Almanaque Brasil de Cultura Popular, n. 58, março/2006

20 – No trecho “E aí, Raimundo! Firme? O caipira entendeu que:

A) Esta perguntado se estava tudo bem.

B) Se estava assistindo filme ou novela.

C) Se estava passando bem de saúde.

D) O caipira não tinha televisão.